Dois clássicos seguidos é uma conjunção estranha. Sobrepõem-se os queixumes e ataques, gemidos e ofensas, o que gera uma concentração insuportável de disparates.
Os responsáveis do Sporting, habituados a jogar estes jogos em superioridade numérica, têm carpido o que dizem ser uma expulsão perdoada a Paulo Assunção e que colocaria as coisas no seu lugar. Julgam-se os aristocratas do nosso futebol e comportam-se como mendigos de cartões, livres, penáltis. Sempre que há uma falta vulgar contra um jogador do Sporting soa em Alvalade o clamor infernal dos adeptos. Com quem terão eles aprendido a gemer e a pedir assim?
Por sua vez, os benfiquistas têm carpido a expulsão de Micolli, cuja tentativa de agressão pedia um cartão vermelho e não o amarelo que recebeu. Queriam imunidade total só porque iam a caminho do Dragão. Tantos cartões (sete) são um "hino à estupidez", disse o senhor de bigode que preside ao clube, esquecido de que isso aconteceu pela terceira vez esta época, ou seja, jogo sim, jogo não. Anda por ali muita estupidez.
Tudo isto, porém, é natural. Quando há clássico, acontecem sempre certas coisas, também já elas clássicas. A Leonor Pinhão evoca os golos do César Brito e Luis Filipe Vieira, no seu estilo elegante e elevado, exige a exterminação de Pinto da Costa enquanto o seu escudeiro Veiga debita graçolas boçais que, embora condigam com o penteado e o sotaque de quem as diz, são, elas sim, refinados hinos à estupidez. É nestas alturas que Veiga é chamado a justificar o ordenado, ou não estivesse lá na sua qualidade de dirigente para as actividades "terrroristas" contra o F. C.Porto. É como aqueles jogadores de andebol que só entram para marcar os livres e descansam o resto do jogo. Ele só lá está para marcar os livres contra Pinto da Costa.
Este homem sem qualidades é digno de piedade. Era portista e, a certa altura, deu-lhe para torcer o coração. Ora, sabe-se que um coração nunca muda de clube, mesmo que o dono o faça. Logo, homem que trata tão mal o seu não pode estar de saúde. E ele, coitado, ficou assim indefinido e torturado, profissional por fora e amador por dentro.
E, desta vez, até Fernando Santos pôs em risco a sua reputação de homem ponderado, o que também se compreende. No F. C.Porto e Sporting, onde era apenas profissional, amordaçava o coração. Agora é também amador, aquele que ama. Logo, está sujeito a delírios. Pode até dar-lhe para ler os pensamentos dos árbitros por altura do intervalo. Antes, era óbvio, mortiço, evidente. Agora surpreende, empolga-se e adivinha é um vidente.
Os responsáveis do Sporting, habituados a jogar estes jogos em superioridade numérica, têm carpido o que dizem ser uma expulsão perdoada a Paulo Assunção e que colocaria as coisas no seu lugar. Julgam-se os aristocratas do nosso futebol e comportam-se como mendigos de cartões, livres, penáltis. Sempre que há uma falta vulgar contra um jogador do Sporting soa em Alvalade o clamor infernal dos adeptos. Com quem terão eles aprendido a gemer e a pedir assim?
Por sua vez, os benfiquistas têm carpido a expulsão de Micolli, cuja tentativa de agressão pedia um cartão vermelho e não o amarelo que recebeu. Queriam imunidade total só porque iam a caminho do Dragão. Tantos cartões (sete) são um "hino à estupidez", disse o senhor de bigode que preside ao clube, esquecido de que isso aconteceu pela terceira vez esta época, ou seja, jogo sim, jogo não. Anda por ali muita estupidez.
Tudo isto, porém, é natural. Quando há clássico, acontecem sempre certas coisas, também já elas clássicas. A Leonor Pinhão evoca os golos do César Brito e Luis Filipe Vieira, no seu estilo elegante e elevado, exige a exterminação de Pinto da Costa enquanto o seu escudeiro Veiga debita graçolas boçais que, embora condigam com o penteado e o sotaque de quem as diz, são, elas sim, refinados hinos à estupidez. É nestas alturas que Veiga é chamado a justificar o ordenado, ou não estivesse lá na sua qualidade de dirigente para as actividades "terrroristas" contra o F. C.Porto. É como aqueles jogadores de andebol que só entram para marcar os livres e descansam o resto do jogo. Ele só lá está para marcar os livres contra Pinto da Costa.
Este homem sem qualidades é digno de piedade. Era portista e, a certa altura, deu-lhe para torcer o coração. Ora, sabe-se que um coração nunca muda de clube, mesmo que o dono o faça. Logo, homem que trata tão mal o seu não pode estar de saúde. E ele, coitado, ficou assim indefinido e torturado, profissional por fora e amador por dentro.
E, desta vez, até Fernando Santos pôs em risco a sua reputação de homem ponderado, o que também se compreende. No F. C.Porto e Sporting, onde era apenas profissional, amordaçava o coração. Agora é também amador, aquele que ama. Logo, está sujeito a delírios. Pode até dar-lhe para ler os pensamentos dos árbitros por altura do intervalo. Antes, era óbvio, mortiço, evidente. Agora surpreende, empolga-se e adivinha é um vidente.
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